Neste sábado (21) o Projeto Cineclube Flor do Trovão exibirá na Praça da Igrejinha, a partir da 19 horas o documentário “BABAÇU QUE QUEBRA LÁ, QUEBRA CÁ”. O Cineclube foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia, tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura - SECULTBA, direcionada pelo Ministério da Cultura / Governo Federal. Assim, a Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022. Neste sentido o Cineclube Flor do Trovão visa promover o cinema e reconhecer os direitos culturais dos habitantes de Barreiras, especialmente de territórios periféricos da cidade.
O vídeo “BABAÇU QUE QUEBRA LÁ, QUEBRA CÁ” é um documentário sobre as Quebradeiras de Coco Babaçu ribeirinhas dos rios Grande e Fêmeas, no município de São Desidério, Bahia1. No filme, as mulheres contam suas histórias e relação com a quebra do Babaçu. Elas falam dos seus saberes e fazeres, da alegria e orgulho de ser quebradeira de coco, mas também de suas dores e do desafio de manter e valorizar suas atividades. Assim, o Documentário está vinculado ao Projeto “Nosso Rio, Nossa Vida” em parceria com PP-Ecos / Instituto Sociedade, População e Natureza ISPN, CERES – Projeto Cerrado Resiliente, World Wildlife Fund – WWF e União Europeia - UE.
Segundo Amanda Santos, técnica da Agência 10envolvimento, o trabalho das quebradeiras de coco babaçu existe há séculos no oeste da Bahia com predominância para alguns municípios a exemplo de São Desidério e Baianópolis, mas esteve durante muito tempo invisibilizado. A atuação da 10envolviento junto às comunidades se dá pelo reconhecimento e defesa dos seus direitos frente à implementação de pequenas centrais hidroelétricas - PCHs no município de São Desidério.
Percebemos que é de suma importância o trabalho das mulheres quebradeiras de coco babaçu tanto para a base alimentar quanto para a renda familiar.
O trabalho desenvolvido pela 10envolvimento no Território de Identidade da Bacia do Rio Grande se dá em consonância com a uma rede de entidades parceiras em defesa do Cerrado que possibilitou conhecer o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu que apoia e fortalece a organização dessas mulheres em diversos estados e assim percebemos a importância de fazer conhecer o movimento também das mulheres quebradeiras de coco babaçu do Oeste da Bahia. Então, contar a história das quebradeiras de coco babaçu ribeirinhas dos Rio Grande e Fêmeas, através de um documentário, é estimular a organização, valorizar o trabalho dessas mulheres e fortalecer para que elas frente a sua organização possam se integrar ao Movimento Interestadual das quebradeiras de coco Babaçu e fortalecer a luta em defesa do Cerrado.
O Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) é uma organização que representa os interesses sociais, políticos e econômicos das quebradeiras de coco babaçu nos estados do Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins. Fundado em 1995, o MIQCB luta pelo direito à terra e ao babaçu, promovendo a autonomia política e econômica das mulheres quebradeiras.
O movimento busca garantir o livre acesso aos babaçuais e a proteção das palmeiras de babaçu, além de promover a agroecologia e a economia solidária. As quebradeiras de coco babaçu são reconhecidas como uma categoria profissional e lutam pela melhoria da qualidade de vida das mulheres no campo.
O documentário “BABAÇU QUE QUEBRA LÁ, QUEBRA CÁ” é uma realização da Agência 10envolvimento que contou com captação de imagens, direção e edição de Amanda Alves. A trilha sonora é composta pelas canções Coqueiro da Bahia do álbum Encantos do Cerrado e as músicas Maria de Mariá e Deu Coco do álbum Canções do Cerrado.
O documentário contou com a Equipe Técnica da Agencia 10envolvimento composta por Martin Mayr, Amanda Silva, Abner Mares e Ivanildo Corte e participação das quebradeiras de coco: Berenice Gomes de Souza do Palmeiral; Sueli Pereira dos Santos e Vanessa Pereira dos Santos do Sítio de Cima; Geronila Lima Xavier dos Santos do Penedo; Joana Glêdis Gonçalves da Silva e Vilma Santos da Silva do Barreiro; Geni Maria de Almeida e Maria Nazaré dos Reis dos Anjos do Palmeiral de Baixo.